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Foi
dada a largada para a Copa Brasil Velopark
de Arrancada. A primeira etapa do campeonato,
homologado pela CBA, aconteceu entre os dias
29 e 31 de maio. Apesar do nome Brasil, todas
as etapas acontecerão no Velopark,
em Nova Santa Rita(RS). A organização
firmou uma parceria com o canal Speed, que
televisionará as principais imagens
de cada etapa para nada menos que 17 países!
Durante a sexta-feira, na parte da tarde,
ocorreram os treinos livres. Já no
sábado, São Pedro mandou água
e esfriou o ânimo dos pilotos presentes
em número recorde no Velopark! As puxadas
oficiais só puderam ocorrer no domingo,
que iniciou com treinos livres, seguido de
2 baterias classificatórias. O dia
foi de muito frio na pista gaúcha,
e as semi-foram interrompidas pela chuva.
Nas categorias em que as semi-finais puderam
ser realizadas, os resultados destas foram
considerados para determinar os vencedores.
Já nas categorias em que não
foi possível a realização
das semifinais, o melhor tempo nas classificatórias
consagrou o campeão.
Nos momentos em que o evento parava, seja
por quebras ou qualquer outra interrupção,
a equipe Burnout Show fazia sua apresentação
na reta de retorno para os boxes. Destaque
para as manobras feitas com os carros em 2
rodas!
Standart
Fabiano Bascke Milech levou a melhor com o
Gol da equipe MB Racing. Na puxada da semifinal,
Fabiano registrou 13s696 mais reação
de 13s696. O segundo colocado foi Cristiano
dos Santos Duarte, que registrou 13s891 mais
0s408 no farol. Nos treinos de sexta-feira,
Cristiano chamou a atenção de
todos ao percorrer os 60 pés (primeiros
18 metros da pista) em incríveis 1s8!
Dianteira
Original
O experiente Clovis Waechter levou mais um
caneco para casa ao registrar 13s381 mais
0s303 na puxada da semifinal. A segunda posição
foi para Malton Porto Farias, com 13s615 mais
0s432 a bordo do Gol laranja. Malton levou
para o estado de Santa Catarina o cobiçado
recorde da DO, com a marca de 12s564 nos 402
metros, registrados na segunda puxada classificatória.
Traseira
Original
Leovaldo Petry voltou as pistas com o Ford
Maverick e colocou ainda mais lenha na fogueira
da briga entre Ford e Chevrolet! Além
de faturar a etapa com 11s684 mais 0s275 no
farol, baixou o recorde para 11s405! Durante
os treinos, chegou a andar na casa dos 11s1!
Tudo indica que em breve teremos TO na casa
dos 10s! A segunda posição foi
para Joacir “Curinga” Cavagnoli,
que chegou a tirar as rodas dianteiras do
chão na largada. Curinga registrou
12s079 mais 0s054 na puxada da semifinal.
Dianteira
Turbo-C
Cristiano Zuccaratto levou o recorde da categoria
para São Paulo ao registrar a ótima
marca de 12s772. Além disso, faturou
a etapa com 13s334 mais 0s491 na semifinal.
O segundo colocado foi Ismael Trevisan, com
13s519 mais 0s113.
Dianteira
Turbo-B
Quem levou a melhor foi Paulo Dauricio da
equipe Nicola Turbo, com 11s748 mais 0s437.
Marcel Falato, da também paulista Keller
Preparações, segundo colocado,
registrou 12s230 mais 0s032 na puxada da semifinal,
e fez seus tradicionais burnouts de “fechar
o tempo”.
Traseira
Turbo
O recorde da categoria trocou de dono, mas
não de carro! Guilherme Emiliano, da
equipe Motor Tech, acelerou o Opala que pertenceu
a Fabio Stelle, e baixou a marca do ex-proprietario
com 10s451. Este tempo mais 0s110 garantiu
ao piloto a primeira posição.
Em segundo lugar ficou o gaucho Rodrigo Cohen,
que assumiu a tocada do Fusca da equipe Sportsystem
e registrou 11s484 mais 0s169.
Dianteira
Turbo A
Edvan Menezes, da equipe Espaço Motor,
mostrou a força do motor 16V e faturou
com 10s574 mais 0s052 no farol. Carlos Castilhos,
da equipe Motorfort, foi o segundo colocado
com 10s645 mais 0s135. Durante os treinos
de sexta, Alexandre Henrique Silva, preparador
da Equipe Espaço Motor, chegou a andar
0s001 abaixo do recorde da categoria, ao registrar
10s273 com o Gol que pertence a Galba Accioly.
Dianteira
Super
Os 3 DS mais rápidos do país,
representando 3 montadoras diferentes, estavam
presentes no evento e travaram belos duelos!
Quem levou a melhor foi o catarinense Ricardo
Thomaz de Carvalho. A bordo do Chevrolet valente
Kadett 16v, registrou 10s756 mais 0s202 no
farol. A segunda posição foi
conquistada por Marcelo Gribler, e o VW Gol,
com 11s132 mais 0s058 no farol. Marcelo chegou
a andar na casa dos 10s. Felipe Johannpeter,
favorito com o Honda Fit, enfrentou problemas
já na primeira puxada oficial e ficou
de fora da disputa.
Traseira
Super
O Dodge V8 de Allan Pasa e o Fusca AP de Aldoir
Sette travaram belas disputas nos 402 metros.
Melhor para Allan com 11s246 mais 0s199 no
farol. O Dodge foi seguido de perto por Aldoir,
que registrou 11s459 mais 0s116.
Força
Livre Dianteira
Com único Chevrolet da categoria, em
meio a um batalhão de Volkswagens,
Cacá Daud e seu Vectra mostraram que
estão no caminho certo! Cacá
substituiu a alavanca in-line por uma com
acionamento em H, e ainda com problemas para
erguer a pressão do gigantesco turbo
Bullseye, conquistou a vitória com
9s226 mais 0s192 de reação.
A segunda posição foi para Luciano
Nichetti. Na despedida do Gol nº711,
registrou 9s266 mais 0s347. Nichetti, que
vendeu o Gol, irá correr com um Fiat,
trazendo assim uma nova marca para a categoria.
O argentino Javier di Maio mostrou que tem
o tração dianteira mais rápido
da América do Sul ao deixar todos boquiabertos
com o tempo de 8s769 a nada menos que 269km/h!
Após a puxada, Javier levou a fortíssima
Saveiro para o pente-fino da vistoria, que
o desclassificou por alterações
no agregado do veículo. Sabemos que
a vistoria prévia não atesta
que o veículo está 100% em conformidade
com o regulamento, porém Javier participou
do campeonato de 2008, no qual foi o terceiro
colocado e chegou a deter o recorde, desta
maneira. Entendemos ainda que a bandeja de
contenção fez com que o problema
não fosse percebido pela vistoria,
que muitas vezes possui rigor extremo para
itens superficiais, e acabou deixando passar
por quase 1 ano um item estrutural. Torcemos
para que Javier volte ao Brasil com tudo dentro
do regulamento, e nos mostre mais uma vez
a força brutal do AP 20V turbo!
Força
Livre Tração Traseira
Dobradinha da equipe DNT Turbos no Velopark!
Fabio Alarcon de Lima levou a melhor com 10s109
mais a ótima reação de
0s006. A segunda posição foi
para Cristian Flavio de Castro, com 10s282
mais 0s159 no farol. Marcelo Manara, forte
candidato a casa dos 8s, ficou de fora da
disputa com a quebra do motor VW AP. Durante
os treinos de sexta, Leonardo Garcia mostrou
que vem para a briga com o Fusca vermelho
ao registrar 1s3 nos 60 pés.
Importados
Com as quebras das EVOs de André Navarro
e Galba Accioly, o caminho ficou livre para
Anderson “Fueltech” Dick faturar
com o Calibra turbo. Anderson registrou 13s624
mais 0s152 no farol.
Stock
Duas estréias de peso na categoria!
Henrique Porte, de apenas 19 anos, garantiu
o show no Velopark com sua Chevrolet Bel Air
Delivery 1957. Henrique fez belos burnouts
e mostrou a força do bigblock com diversas
empinadas do pesado bólido americano.
Registrou 9s538 mais 0s282. A segunda posição
foi para Douglas Carbonera, que após
6 anos e 9 dias de dedicação,
finalmente colocou o belíssimo Opala
amarelo na pista! O carro, que está
em fase de acertos, impressiona pelo capricho.
Dragster
Jr
Isabela Porte, irmã de Henrique, da
equipe Porte Drag Race, baixou o recorde da
categoria com 10s460 nos 201 metros. A pequena
piloto ainda possui 10hp de nitro guardados
no Jr Dragster!
Dragster
Light
Com apenas 1 puxada durante todo o fim de
semana, Valtinho Costa faturou com 7s221 mais
0s260. Muitos, inclusive o próprio
Valtinho, estranharam a falta de carros na
categoria, já que de acordo com os
regulamentos publicados no site do Velopark,
os Velodragsters andariam em sua categoria.
Porém, estes andaram em categoria separada.
O único Velodrag que estava inscrito
na categoria estava fora do regulamento, pois
utilizava oxido nitroso e foi desclassificado.
Velopark
Drag Series
Luis Francisco Dietrich faturou mais uma com
7s678 mais a ótima reação
de 0s022. Já a segunda posição
foi para Jorge Fleck, que registrou 7s6552,
mas deixou a vitória escapar na reação.
Alguns tradicionais pilotos da arrancada brasileira
puderam experimentar a sensação
de andar na casa dos 7s. São eles:
Manoel Castañon, Geraldinho Jafet,
Fabiano e Daniela Stangerlin.
Dragster
Táxi
Filipe Sturion, este que vos escreve, pôde
experimentar a sensação de andar
na casa dos 8s a bordo do Dragster de 3 lugares.
Ao chegar ao box, recebi das mãos do
piloto Sérgio Cirne uma vestimenta
anti-chamas da marca Impact e um capacete
Bell. Enquanto me preparava para o rápido
passeio, sentia um misto de felicidade, ansiedade
e apreensão. Ao sentar no dragster,
que possui um cockpit bem espaçoso
para acomodar passageiros dos mais diversos
tamanhos, prendi o cinto de segurança,
que fica extremamente apertado, e recebi algumas
orientações quanto ao seu destravamento.
Sérgio Cirne ocupou a sua posição,
à frente, e para minha surpresa, ativou
os comunicadores do capacete. Durante todo
o passeio, o anfitrião se comunica
com seus convidados. O cockpit do passageiro
possui todos os comandos e instrumentação
do dragster convencional, e Sérgio,
ao fazer os procedimentos, pede para que eu
também os faça. O motor é
ligado com o dragster ainda no cavalete, e
então a marcha é engatada e
os pneus rodam no ar para que todo o conjunto
atinja a temperatura adequada para ir para
a pista. Com tudo ok, é hora de descer
para a reta! Durante o trajeto, o dragster
balança bastante devido ao trabalho
do chassi, e Sérgio segue explicando
como pilotar o dragster. Passamos a frente
dos carros que estão na fila para largar,
e finalmente estamos sobre a água para
fazer o burnout! Marcha engatada, dedo no
limitador, e é hora de acelerar! Sinto
que o dragster anda para frente, e vejo o
ponteiro do giro nos 7000rpm. O passeio está
tranqüilo até demais, quando os
pneus finalmente colam no concreto! Meu corpo
é arremessado para traz com muita força!
Algo antes inimaginável para mim! Confesso
que nessa hora dava risada sozinho dentro
do Dragster! Aliás, o Sérgio
certamente ouviu tudo! Muito profissional,
continuou conversando comigo, passando os
procedimentos para engatar a ré e as
temperaturas máximas que os manometros
poderiam estar marcando. Continuei brincando
de pilotar, nessa hora, nem lembrava mais
que aqueles controles eram apenas brincadeira
e queria “ganhar a corrida”! Com
o pré-stage aceso, notei que por estar
na pista da esquerda, e sentado a esquerda
do dragster, não conseguia ver o pinheirinho.
Não sabia se encostava a cabeça
no apoio, para a largada, ou a inclinava para
o lado para poder ver a luz verde. Decidi
ver as luzes descerem! “Todos juntos”,
com o giro lá em cima, soltamos o dedo
do transbrake e largamos! Senti meu corpo
sendo empurrado ainda com mais força,
e simplesmente experimentei a melhor sensação
do mundo! Mesmo com o Sérgio erguendo
o pé nos 300 metros por motivos de
segurança, fizemos os 402 metros em
8s617s. Os primeiros de 60 pés foram
percorridos em somente 1s153, e a velocidade
nos 201 metros já era de 209km/h! A
velocidade final registrada foi de apenas
207km/h, mostrando que já estávamos
desacelerando. Ao voltar para o box, toda
felicidade ficou para traz, pois troquei o
dragster novamente pela máquina fotográfica
rs rs!
O custo para andar no Velotaxi é de
200 reais, e COM CERTEZA vale a pena!